sábado, 30 de junho de 2012

Fisioterapia no Esporte

Bom dia galera!!!

Tudo bem? Espero que sim!!!

Hoje temos um tema bem interessante: Fisioterapia!

Você conhece a Fisioterapia?

"Fisioterapia pode ser definida como uma ciência aplicada à prevenção e tratamento da saúde por meio de recursos físicos. Sua aplicação necessita do entendimento das estruturas e funções do corpo humano. Ela estuda, diagnostica, previne e trata os distúrbios, entre outros, cinético-funcionais (da biomecânica e funcionalidade humana) decorrentes de alterações de órgãos e sistemas humanos.
Além disso, a Fisioterapia estuda os efeitos benéficos dos recursos físicos como o movimento corporal, as irradiações e correntes eletromagnéticas, o ultrassom, entre outros recursos, sobre o organismo humano. É a área de atuação do profissional formado em um curso superior de fisioterapia. O fisioterapeuta é capacitado a avaliar, reavaliar, prescrever (tratamento fisioterapêutico), dar diagnóstico cinético-funcional, prognósticointervenção e alta fisioterapêutica."

E para falar sobre a Fisioterapia no Handebol, hoje temos uma participação bastante especial aqui no blog, do Dr Fabrício Rapello, Fisioterapeuta da Seleção Brasileira de Handebol de Areia, que contará o que é feito com nós atletas, durante a fase de treinamentos visando o Mundial de Omã, que se inicia no próximo dia 8 de Julho.



Leia com atenção, pois pra você que pensa que vida de atleta é fácil, se não fosse nossos queridos fisioterapeutas, muitas lesões poderiam ter atrapalhado o nosso crescimento dentro do esporte!

Confiram o recado do Dr Fabrício e entendam um pouquinho mais sobre esta profissão!


"Olá pessoal.

A atuação do fisioterapeuta do esporte durante a fase de treinamento aqui da Seleção é direcionada, principalmente para a recuperação física dos atletas para os treinamentos. Como a programação do dia é comunicada antecipadamente pela comissão técnica (normalmente ocorrem treinos em 03 períodos, divididos em físico, técnico-tático e coletivo) e, dependendo do tipo, do objetivo, do volume e da intensidade dos mesmos, adequamos todas as intervenções feitas pela Fisioterapia.


Realizamos desde atendimentos com o grupo todo, através de trabalhos regenerativos ou de alongamentos musculares feitos na piscina, instituímos um programa de prevenção de lesões composto de exercícios específicos feitos em conjunto com a preparação física, e ainda promovemos o tratamento fisioterapêutico propriamente dito quando há alguma lesão e é necessária a retirada momentânea do atleta de algum treino. Porém, o propósito sempre é de devolvê-lo o mais rápido possível, e em condições físicas seguras.

Dr Fabrício Rapello em ação.

Geralmente utilizamos muito o chamado protocolo PRICE (do inglês P - protection = proteção, R – rest = repouso, I – ice = gelo, C – compression = compressão e E – elevation = elevação), técnicas de Terapia Manual, Massagem Esportiva, Cinesioterapia, Hidroterapia e Bandagens Elásticas (Kinesio Taping) nos tratamentos propostos.

Acompanhamos, ainda, dentro da quadra, todos os treinos do dia, realizando o pronto-atendimento aos atletas, minimizando ao máximo as futuras repercussões das lesões instaladas e já atuando, de forma imediata, no tratamento das mesmas quando possível.

As lesões traumáticas mais comuns nesta fase são as contusões musculares e ósseas, geralmente através do contato direto da bola com a face do atleta (especialmente os goleiros), da queda de um dos atletas defensores (geralmente o lateral ou o base) sobre o lateral atacante, nas ações de tentativa de bloqueio ou interrupção de um passe, ou ainda, em raras ocasiões, através do contato direto de um atleta contra outro de modo proposital ou intencional.

Outras lesões frequentes são os traumas diretos ocorridos nos dedos das mãos (contato direto da bola com os dedos, em vários momentos, como na interrupção de um passe, tentativa de bloqueio, recepção ou no gesto de defesa do goleiro) e dos pés (contato direto com outro atleta da defesa ou na areia da quadra).
Já as lesões de sobrecarga ocorrem mais frequentemente na articulação do ombro, sendo, em sua maioria, bursites, tendinites e dores musculares de início tardio. São mais comuns no lado do braço de arremesso e estão associadas ao aumento do volume e da frequência dos arremessos realizados nos treinos técnico-táticos e coletivos, típicos do período de treinamento pré-competitivo.

Atletas no trabalho de prevenção a lesões.

Quando estas ocorrem no braço oposto, tem uma relação mais direta com o apoio realizado pelo membro no solo após a finalização de do arremesso em um salto com giro, principalmente pelos laterais atacantes.
Já nos membros inferiores, as lesões de sobrecarga ocorrem mais na perna de salto do atleta, principalmente dos laterais atacantes, sendo as tendinites dos músculos do quadril e joelho e as dores musculares de início tardio as mais incidentes.  As lesões ligamentares de joelho e tornozelo no handebol de areia são incomuns, diferentemente do handebol de quadra, possivelmente pela própria adaptação do atleta e pelo aprimoramento da estabilidade dinâmica destas articulações ocorridas com o treinamento na areia.

As dores lombares e lesões dos  músculos abdominais ocorrem, respectivamente,  pelo volume e frequência de saltos solicitados nos treinos e pela própria biomecânica do arremesso no salto com giro.
Acredito tenha contribuído um pouco com vocês passando algumas informações sobre a nossa rotina diária de trabalho e todo o contexto evolvendo nossa prática profissional."



Abraço a todos !!




#VamoqVamo
#NósGostamosAssim
#Handbeach2012

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